DISCIPLINA NA IGREJA
Introdução
As Escrituras Sagradas afirmam claramente que Deus tem ciúmes dos seus filhos Tg 4:4-7.
“4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4:4-7 RA).
Porém, sabendo que a compreensão humana quanto ao termo “ciúmes” são muito limitadas, se faz necessários esclarecimentos desta declaração encontrada em Tiago.
Primeiro se faz necessário entendermos que esse sentimento da parte de Deus em relação aos seus filhos, não trás sobre si a carga do pecado que está impregnado na essência humana, e por isso mesmo não é o resultado de um sentimento de posse perdida, a semelhança deste sentimento exercitado na alma humana.
Em segundo lugar, o ciúme de Deus objetiva o engrandecimento e aprimoramento de seus filhos, livrando-os das ações malévolas que lhes cercam, santificando-os, e corrigindo-os afim de que possam na eternidade estar em Sua santa presença.
O ser humano foi criado para glorificar a Deus, e isto está ainda mais imputado por responsabilidade sobre os filhos de Deus. Toda vez que o servo de Deus concede a outras pessoas ou coisas, aquilo que de forma legítima pertence a Deus, como exemplo o nosso amor, adoração, e várias outras atitudes, inclusive a própria vida, o santo ciúme de Deus é despertado, objetivando nos corrigir. Daí, Ele passa a nos disciplinar, lembrando-nos o objetivo de nossa existência “adorar a Deus com toda a nossa vida e servi-lo com toda fidelidade”. Assim sendo, ao contrário do que muitos pensam, a disciplina de Deus não é castigo, antes, é uma correção.
O castigo conforme definido pelo dicionário Aurélio é uma pena que se inflige a um culpado, uma punição, escarmento, etc. Ou seja, punir alguém que de alguma forma não cumpriu com as determinações superiores que lhes foram impostas, e com isto saciar a sede e o ego daquele que impôs tais determinações.
Enquanto isto, a disciplina é:
1) Regime de ordem imposta ou livremente consentida;
2) Ordem que convém ao funcionamento regular duma organização (militar, escolar, etc.);
3) Relações de subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor
4) Observância de preceitos ou normas;
5) Submissão a um regulamento;
6) Qualquer ramo do conhecimento (artístico, científico, histórico, etc.);
7) Ensino, instrução, educação;
8) Conjunto de conhecimentos em cada cadeira dum estabelecimento de ensino; matéria de ensino.
A disciplina objetiva o crescimento e aprimoramento daquele que a ela é submetido, ensinando aqueles que erraram a não reincidirem e ou permanecerem no mesmo erro.
I. Os Princípios da Disciplina
Encontramos três princípios básicos e salutares quanto a toda aplicação de todo processo de disciplina de Deus para nossas vidas, são eles:
1.A disciplina é inevitável
Um dos motivos pelos quais é inevitável que ocorra a disciplina de Deus em nossa vida como filho, é o fato de que sem ela, não nos aperceberíamos o quanto estamos errando e permaneceríamos no erro, o que nos levaria gradativamente ao distanciamento de Deus e consequentemente sem direção correta a seguir, o que nos levaria condenação eterna.
“porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.” (Hb 12:6 RA).
2.A disciplina visa o aperfeiçoamento espiritual
O objetivo de Deus em disciplinar seus filhos é proporcionar a seus filhos, mais firmeza na fé, o que resulta em mais constância na obra do reino de Cristo, ou seja, dá ao homem melhores condições de servir a Deus em todos os aspectos de sua obra eclesiástica neste mundo.
“Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.” (Hb 12:10 RA).
3.A disciplina é sempre dolorosa
O processo de disciplina é sempre árduo e muitas vezes doloroso para o ego daqueles que são disciplinados. Ninguém se regozija no momento da disciplina, mesmo quando aquele que é disciplinado esteja cônscio do fim que resultará o processo disciplinar.
“Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.” (Hb 12:11 RA).
Na diversidade comportamental humana, muitos só conseguem ser obedientes à Palavra de Deus, quando estão sob um processo de disciplina dolorosa. Nestes casos a linguagem da dor sentida soa mais alto que a graça, misericórdia e o grande amor de Deus expresso na Bíblia. Exatamente por este motivo Deus aplica a disciplina em seus filhos.
II. Os Níveis da Disciplina
Nossos pais carnais nos disciplinavam quando meninos a fim de alcançarmos crescimento saudável. De igual modo nosso Pai Celeste também nos disciplina, e o faz em diversos níveis de modo de aplicação e intensidade.
- 1. 1º Nível - Disciplina pela pregação da Palavra de Deus
Os efeitos da Palavra de Deus sobre a vida daqueles que nela creem são impressionantes, perceptíveis até mesmo pelos incrédulos. Estes efeitos elevam não só o caráter humano bem como todas as demais áreas da vida humana.
“Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes.” (1Ts 2:13 RA).
A Palavra de Deus opera transformação na vida de cada ser humano, bem como também o faz na vida de todo um povo. Veja o que houve com a cidade de Nínive.
“1:2 Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3:1 Veio a palavra do SENHOR, segunda vez, a Jonas, dizendo:
2 Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo.
3 Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, segundo a palavra do SENHOR. Ora, Nínive era cidade mui importante diante de Deus e de três dias para percorrê-la.
4 Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
5 Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor.
6 Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza.
7 E fez-se proclamar e divulgar em Nínive: Por mandado do rei e seus grandes, nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem os levem ao pasto, nem bebam água;
8 mas sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus; e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
9 Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
10 Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.” (Jn 1:2;3:1-10 RA).
Observe-se o caso típico de Caim. Foi severamente advertido por Deus para que vigiasse e não se deixasse ser dominado pelo desejo de pecado que o cercava (inveja de seu irmão Abel, como resultado dos sacrifícios que em que ambos ofereceram a Deus).
“4:3 Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
4 Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta;
5 ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.
6 Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?
7 Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.
8 Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.” (Gn 4:3-8 RA).
Através deste primeiro nível da disciplina Deus procura nos livrar dos tropeços e pecados pelas tentações que nós deparamos em nossas vidas. É uma etapa de prevenção. Ou seja, ocorre antes que o pecado se instaure em nossas vidas, onde a cognição humana é elevada, quanto à forma como este deve conduzir sua vida. Porque quanto maior o conhecimento que o homem tem da Palavra de Deus mais apto estará a levar uma vida de santidade na presença do Deus altíssimo, abstendo-se das práticas pecaminosas.
Quando um filho de Deus ouve Sua palavra, quer seja por meio de uma pregação bíblica, ou mesmo por um processo de meditação pessoal nas escrituras sagradas, este servo crescerá em conhecimento e graça diante do Pai Celeste, e também o buscará cada vez com maior avidez, e a ilação disto é que ele evitará despertar o ciúme de Deus e seu consequente ciúme.
Em sua carta aos Tessalonicenses, Paulo fala desta pregação preventiva e do modo como alguns desta igreja a receberam, evitando para si sofrimentos advindos da rebeldia e desobediência. De igual modo ao que houve também com a cidade de Nínive, salva de um desastre iminente, por ouvir a Palavra de Deus. Esta cidade obteve o perdão de Deus através da pregação da Palavra de Deus por um profeta, que alcançou com sua mensagem o líder da cidade e através deste toda a cidade obteve perdão de Deus.
- 2. 2º Nível - Disciplina pelas circunstancias
Este estágio da disciplina de Deus ocorre quando os avisos de Deus para o arrependimento e abdicação da pratica pecaminosa são ignorados, e mesmo que ainda haja uma aparente aceitação por parte do transgressor dos mandamentos divinos, por meio de palavras por este declaradas, mas nas suas práticas a Palavra de Deus é desprezada.
Neste momento Deus começa a criar algumas circunstâncias procurando despertar aqueles que estejam se afastando dos Santos caminhos do Pai Celeste e se enveredando pela prática do pecado. Momento tal, que se faz uma necessidade urgente de regresso ao aprisco de Cristo.
Observemos neste caso, o exemplo do que houve com Faraó do Egito em relação à Palavra de Deus enunciada por Moisés. Ele faraó, deliberadamente recusou-se a dar ouvidos ao que lhe é era dito sobre o povo. Pois, estava preso num ciclo de visão materialista e ostentação do poder que ele faraó tinha sobre o povo hebreu.
O resultado da recusa de Faraó ante as sérias advertências de Deus por meio de Moisés foi extremamente trágico, para ele próprio, resultando na perca do seu primogênito e trágica também para toda a nação egípcia. Primeiro um pacote de 10 pragas que assolaram praticamente a maior parte das riquezas materiais do Egito. E não só as riquezas materiais foram atingidas, mas a vida de muitos primogênitos foi ceifada, porque Faraó não quisera ouvir as advertências divinas.
Durante toda a trajetória e história de Israel, desde sua saída do Egito, até a época do nascimento de Jesus Cristo. Muitos profetas foram enviados para trazerem as advertências divinas, a fim de que o povo hebreu se arrependesse dos seus caminhos tortuosos nos quais andavam, se arrependessem de sua infidelidade na aliança que Deus estabelecera com os israelitas. O povo preferiu não acatar as mensagens destes profetas, pois elas confrontavam seus interesses pessoais e também comunitários.
Quais foram os resultados desta rejeição dos israelitas para com a Palavra de Deus?
Houve inúmeros resultados negativos. Dentre estes, poderíamos citar alguns como o fato de Deus levantar os Assírios para subjugar barbaramente o reino do norte (Israel), e ainda, Deus levantou a Babilônia para cercar e destruir Jerusalém, levando o povo do reino do sul (Judá) como escravo. Tudo por não atentarem para as advertências do Senhor.
“Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Judá e por quatro, não sustarei o castigo, porque rejeitaram a lei do SENHOR e não guardaram os seus estatutos; antes, as suas próprias mentiras os enganaram, e após elas andaram seus pais.” (Am 2:4 RA).
No livro de Apocalipse (Ap 2:1-3:22) encontramos as cartas às sete igrejas da Ásia, as quais são apelos veementes a cada uma destas igrejas destinatárias, e por extensão, a toda igreja de Cristo ao longo dos séculos. Para que mudem o comportamento, se arrependam dos seus erros cometidos, e busquem andar em conformidade com a Palavra de Deus.
1) Éfeso:
“4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Ap 2:4,5 RA).
Os historiadores bíblicos consideram a cidade de Éfeso como uma das mais importantes do império romano. Situada em ponto estratégico na província da Ásia, próxima ao mar Egeu, na divisão com a Europa. Calcula-se uma população entre 250.000 e 500.000 habitantes na época em que a carta fora escrita. Uma cidade cujas principais adorações eram destinadas àquela que consideravam a deusa da fertilidade “Artemis, ou Diana”.
O maior problema da igreja de Éfeso não era de ordem doutrinária, mas, a falta de amor por parte dos membros desta igreja. Haviam se esquecido do mandamento base para todo o exercício de fé cristã “o Amor” (Mt 22:37-40). Isso ocorreu apesar de todos os esforços de Paulo em adverti-los quanto à necessidade de uma vida pautada no amor Ef 3:17; 4:2,16; 5:2; 6:23. Assim, desprezaram o primeiro nível da disciplina de Deus e agora se encontravam no segundo nível.
Há três orientações de Jesus para esta igreja no texto 2:5:
a) Lembrar-se de sua condição espiritual anterior, quando se encontrava em santidade e comunhão com Deus;
b) Arrepender-se de suas obras más, buscando uma transformação de vida;
c) Voltar às primeiras obras. O verdadeiro arrependimento precede às atitudes que gerarão frutos espirituais, e estes espelham a dimensão do amor residente na alma humana.
2) Esmirna:
“9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.
10 Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap 2:9-10 RA).
Atualmente a cidade de Esmirna chama-se Izmir, sendo a maior cidade da Turquia Asiática.
Na carta destinada a esta igreja há uma clara declaração do sofrimento que lhes adviria. Em Sua onisciência Deus sabia do sofrimento que adviria sobre esta igreja. A indagação que se faz sobre isto é “Por que motivo Deus permitiu isto ocorrer com a igreja que Ele tanto ama?”.
Havia em meio à igreja muitos falsos líderes e também falsos convertidos à Cristo, os quais estavam contaminando a igreja com ensinamentos contraditórios à Palavra de Deus, isso resultava numa necessidade de disciplina sobre a igreja residente em Esmirna, afim de que esta fosse depurada a ferro e fogo e alcançasse a santificação na presença do Senhor.
Foi em Esmirna que anos mais tarde (159 d.C.) o pastor Policarpo, como servo fiel e líder da igreja local entregou sua vida em sacrifício para a causa do reino de Cristo, sendo martirizado e queimado vivo em praça pública por não negar sua fé em Jesus Cristo.
A referência a uma tribulação de dez dias, encontrada no verso 10, não se refere a um espaço temporal, mas, nesse caso o número dez possui significado de completo, ou seja, tribulação plena sobre a igreja, muita perseguição, onde muitas vidas seriam ceifadas e o sofrimento imperaria sobre os membros da igreja.
3) Pérgamo:
“13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.
15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.
16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.” (Ap 2:13-16 RA).
Pérgamo era uma cidade extremamente voltada para as práticas da idolatria, e isso fazia com que Satanás tivesse uma lacuna espiritual que lhe permitia agir sobre esta cidade, instalando ali seu trono de maldições, mortes e destruições. É por isso que Jesus cita duas vezes o fato de o lugar ser o trono de Satanás. Apesar desta condição espiritual precária da cidade, a igreja cristã se mantinha fiel ao Senhor Jesus, não negando sua fé. No entanto, a igreja foi se deixando ser contaminada por doutrinas falsas, que aparentemente vinham do Senhor, mas que na realidade tinham procedências demoníacas.
A doutrina de Balaão forjava uma aparente santidade pessoal, enquanto as práticas pessoais eram objetivadas aos interesses pessoais.
A igreja de Éfeso combatia as obras dos Nicolaitas Ap 2:6. Mas agora em Pérgamo aquilo que era apenas obra má, tornou-se matéria doutrinaria que estava sendo inserida na igreja cristã. Revelando um rápido processo de degradação da igreja e sublimação das heresias apregoadas sutilmente no seio cristão.
O conhecimento da Palavra de Deus aliado a vida de comunhão com Deus é o único meio pelo qual o homem obter o discernimento necessário para detectar as heresias e se proteger contra as investidas de satanás.
4) Tiátira:
“20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.
21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.
22 Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.
23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras.” (Ap 2:20-23 RA).
O grande envolvimento das pessoas desta cidade com a idolatria atingia a igreja de forma sutil, através dos profetas da igreja (Jezabel 1Rs 16:31), que levavam doutrinas demoníacas para a igreja, como se estas revelações e doutrinas tivessem procedência divina. Com isto, o povo era seduzido à prática do pecado e se desviavam dos caminhos do Senhor.
5) Sardes:
“2 Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.
3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.” (Ap 3:2,3 RA).
A prosperidade local contaminava os membros desta igreja, que se deixavam serem seduzidos pelas preocupações com as coisas materiais em detrimento das espirituais. Assim, serviam mais às suas posses do que a Deus e a responsabilidade dos líderes da igreja em orientar uma conduta contrária a esta não estava sendo realizada. Estavam omissos e não apascentavam o rebanho de Deus que se contaminava com o pecado. Jesus então os adverte afim de que atentassem para aqueles que ainda não haviam se contaminado com o mundo, cuidando deles para que pudessem então através do arrependimento das obras mortas, não serem apanhados de surpresa com o juízo de Deus que se desencadearia sobre eles.
6) Filadélfia:
“9 Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.” (Ap 3:9 RA).
Esta igreja sofria grande perseguição por causa de sua fé em Cristo, isto proporcionava aos fieis desta igreja uma sensação de fraqueza (v.8) e incapacidade para cumprirem o que Deus lhes requeria em matéria de exercício de vida Cristã, e Jesus os encoraja, afirmando que na Sua onipotência, era Ele Jesus quem abria e fechava as portas. Deus é fiel sempre para com aqueles que o temem.
As portas abertas significam caminhos que se abrirão para que se desviassem das intensas perseguições sofridas, principalmente pelos falsos judeus (sinagoga de Satanás), que foram os primeiros responsáveis pelas perseguições sofridas pela igreja cristã. Jesus declara a esta igreja que tomaria as dores de sua igreja fazendo com que seus perseguidores testemunhassem do amor de Deus para com a igreja cristã. O resultado disso foi que com o passar do tempo, muitos judeus se converteram a Cristo e aqueles que não o fizeram verão o trinfo glorioso da igreja do Senhor Jesus na consumação dos tempos.
7) Laodicéia:
“15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!
16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;
17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
18 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
19 Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” (Ap 3:15-19 RA).
Jesus sendo onisciente da situação da Sua igreja expressa claramente isso a igreja de Laodicéia, afirmando que conhecia o intimo da mente dos membros desta igreja. Pois, Ele está sempre no meio de Sua igreja “andando no meio dos candeeiros” (Ap 1:13,20; 2:1).
A igreja de Laodicéia ostentava uma suficiência e aparência de que estava tudo bem, a falsa confiança imperava na conduta de seus membros que se fechavam às influencias da Palavra de Deus e com isto não cresciam no conhecimento e graça do Senhor. Possuíam aparência cristã, mas estavam cada vez mais paganizados em suas almas, e Jesus que esquadrinha o mais íntimo dos pensamentos humanos conhecia a real situação desta igreja a ponto de expressar que estava prestes a expulsar esta igreja de Sua Santa presença. Exorta-os a se refugiarem Nele Jesus afim de que se santificassem e conseguissem através do discernimento proporcionado pelo Espírito Santo, enxergarem sua situação pecaminosa e consequentemente se arrependessem de seus maus caminhos. Pois, estavam orgulhosos a ponto de não conseguirem ver a dimensão de seus problemas espirituais.
Finalizando Jesus lhes admoesta afirmando que Deus corrige a todos quanto ama (Hb 12:4-11).
Lamentavelmente para muitos que se afastam dos caminhos de Deus, abandonando o primeiro amor, só conseguem se focar novamente na realidade de suas vidas após perderem algo que julgavam ser de muita importância, tais como saúde, emprego, veículos, etc. E somente após esta perca conseguem regressar ao primeiro amor.
Aqueles que conseguem fazer uma interpretação correta dos fatos estranhos que ocorrem em suas vidas, entendendo que Deus está falando consigo, proporcionando um sinal explícito sobre a necessidade de mudança de comportamento e atitude pessoal. Estes evitam para si algo pior do que as circunstâncias que já enfrentam no momento.
- 3. 3º Nível - Disciplina pelas enfermidades espirituais
Quando a Palavra de Deus é totalmente desprezada pelos homens e todas as circunstâncias por Ele criadas, através de Sua divina graça e providência, ou mesmo estas circunstâncias são tidas pelos homens como meras coincidências, Deus, apesar de Seu imenso amor, retém do rebelde as bênçãos espirituais, comuns à fé cristã.
À medida que o homem fica exaurido desta graça, e não busca através de um arrependimento genuíno, a reconciliação com Deus, passa a sofrer as consequências das enfermidades espirituais.
A retenção da Graça divina sobre o homem pode ser dividida em três pontos distintos, são eles:
1) 1º ponto – Retenção da alegria pelo perdão do pecado cometido
É incontestável e notória a satisfação que o homem possui quando vê algum de seus atos errados perdoados por aquele a quem tal ato atingira. Com o perdão há um alívio emocional na mente daquele que praticou o ato errado. Exemplo claro disto é encontrado nas Escrituras Sagradas, quando analisamos o Salmo 51, encontramos o rei Davi suplicando a Deus pela misericórdia Divina, a fim de que Deus lhe restituísse a alegria da salvação. Ele Davi não clama pela salvação, mas sim pela alegria em tê-la, e que o ato errado por ele praticado junto a Batseba, fizera com que ele não sentisse mais este alegria.
Deus sempre quis a alegria para Davi, mas, era impossível que ele a sentisse sem que estivesse de fato arrependido e fosse retirado de sua alma o peso daquele mal que ele fizera. Do mesmo modo é impossível para qualquer homem sentir a alegria da paz celestial sem que tenha se arrependido por seus pecados, confessando-os e recebendo o perdão por eles. Pois, só através do perdão divino o homem passa a ter consigo o Espírito Santo de Deus e consequentemente Sua Santa direção.
“Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.” (Sl 51:12 RA).
2) 2º ponto – Retenção da percepção de Deus em sua vida
Quando lamentavelmente o homem alcança este nível da disciplina de Deus, suas orações parecem cair em um abismo imensurável, sem que Deus as ouça e nos atenda. Davi se encontrava exatamente nesta situação terrível quando escreveu o Salmo 38. Sentia uma ausência enorme de Deus em sua vida. Sentia-se só e desamparado diante da opressão do mundo.
“1 Não me repreendas, SENHOR, na tua ira, nem me castigues no teu furor.
2 Cravam-se em mim as tuas setas, e a tua mão recai sobre mim.
3 Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado.
4 Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças.
5 Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura.
6 Sinto-me encurvado e sobremodo abatido, ando de luto o dia todo.
7 Ardem-me os lombos, e não há parte sã na minha carne.
8 Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração.
9 Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta.
10 Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está comigo.
11 Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe.
12 Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os que me procuram fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam engano todo o dia.
13 Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca.
14 Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica.
15 Pois em ti, SENHOR, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu.
16 Porque eu dizia: Não suceda que se alegrem de mim e contra mim se engrandeçam quando me resvala o pé.
17 Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre perante mim.
18 Confesso a minha iniqüidade; suporto tristeza por causa do meu pecado.
19 Mas os meus inimigos são vigorosos e fortes, e são muitos os que sem causa me odeiam.
20 Da mesma sorte, os que pagam o mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom.
21 Não me desampares, SENHOR; Deus meu, não te ausentes de mim.
22 Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha.” (Sl 38:1-22 RA).
A maior solidão que um homem pode sentir é aquela experimentada quando Deus se afasta dele, deixando-o a mercê dos acontecimentos e influencias do diabo, que astutamente utiliza essa brecha para matar, roubar e destruir na vida do ser humano que se encontra distante de Deus. Este distanciamento de Deus em relação ao homem só ocorre como resultado da vida pecaminosa escolhida praticada pelo homem, que rejeita a Palavra de Deus em todas as suas esferas. Ou seja, em última análise é o próprio homem que toma a iniciativa de se afastar de Deus rejeitando-o, e desprezando todo seu processo de disciplina.
3) 3º ponto – retenção da paz de Deus em sua vida
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;” (Rm 5:1 RA).
O homem só consegue contemplar em sua vida um verdadeiro estado de paz espiritual, mediante a aceitação do sacrifício vivificador de Jesus Cristo, que verteu seu sangue no calvário, para através desta obra, reestabelecer o relacionamento entre Deus e os homens. Não há nenhum outro canal pelo qual o homem possa se relacionar com Deus de forma verdadeira.
Só através da relação direta com o ser de Deus é que o homem consegue então alcançar este estado de paz tão almejado por todos. Essa paz é extremamente essencial ao equilíbrio psicológico e espiritual do homem.
A ausência desta paz com Deus na vida do homem faz com que este esteja a mercê de seus desejos carnais e pecaminosos. Ou seja, a toda sorte de paixões infames, desejos carnais, e práticas pecaminosas. Que passam a serem buscadas na vida deste homem, a fim de saciar em sua alma a lacuna existente com a ausência de Deus. Deste modo, tal homem busca desesperadamente a prática do pecado em sua vida, e cada vez mais se sente escravizado por estas paixões mundanas, bem como sob um estado de infelicidade pessoal.
O amor imensurável de Deus sempre entra em cena a fim de resgatar o homem de sua condição pecaminosa. Proporcionando sempre ao homem, uma alternativa de reconciliação com Deus, o que ocorre por meio da Palavra de Deus que chega a este homem rebelde.
Tiago trata em sua epístola, desta situação humana de busca da satisfação pessoal por meios indevidos.
“2 Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis;
3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tg 4:2-3 RA).
Quando o homem se encontra neste estágio da disciplina de Deus por meio das enfermidades espirituais, suas forças para suportar as adversidades de sua vida, de forma sábia e com fé, se encontram praticamente exauridas, e a disciplina divina torna-se quase impossível de ser suportada. Só aqueles homens que ainda conseguem contemplar uma luz no fim do túnel, se entregando ao arrependimento das obras pecaminosas, se humilhando na presença de Deus, e clamando a Deus pelo perdão de seus pecados, conseguem alcançar a restauração de sua saúde espiritual e deliciar-se nos prazeres da comunhão com Deus.
“se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” (2 Cr 7:14 RA).
- 4. 4º Nível – Disciplina pelo atendimento de nossos desejos
De todas as calamidades possíveis de se acontecer com uma pessoa cristã, certamente que uma das piores é o fato de este crente não saber pedir a Deus, e fazê-lo mal, e ainda ser atendido.
Muitos são os momentos que os fiéis oram a Deus sem o devido discernimento de espírito, fazendo ouvir mais alto a voz de seus desejos pessoais em detrimento dos interesses de Deus para sua vida. E neste estado, clama por coisas e oportunidades que serão extremamente nocivos a sua vida e sua fé.
A recusa primária da parte de Deus em nos atender quanto àquilo que pedimos mal, muitas vezes é interpretada pelo homem como um castigo de Deus, um desprezo ou mesmo uma apatia de Deus em relação ao homem. Daí o homem passa a insistir e reclamar cada vez mais incisivamente diante do Senhor, argumentando, reivindicando e até mesmo determinando diante de Deus, àquilo que o seu coração esta sedento.
Apesar da onisciência divina quanto ao futuro do homem e ao resultado que sobrevirá sob cada circunstância peticionada pelo homem, Deus esgota sua paciência com este homem rebelde e concede aquilo que é desejo do coração humano. Daí, o desastre na vida do homem é inevitável e a disciplina divina inadiável.
Vejamos os casos de Moisés e Elias, que lhe pediram para morrerem. Moisés porque se julgava não mais aguentar liderar o povo hebreu sozinho. Elias por se sentir só diante de um mundo voltado para o pecado. E também o caso de Pedro, que se sentiu imundo para estar na presença de Jesus, pediu ao mestre para que se afastasse dele. Mas, Deus em sua infinita misericórdia não deu ouvido a Estes servos que lhe pediram mal.
Outro caso clássico em que o homem pede mal à Deus é encontrado no capítulo 11 do livro de números. O povo pediu insistentemente diante do Senhor, para que lhes dessem carnes para comer. O Senhor atendeu ao pedido da vontade do povo. Mas o resultado disto foi a ira de Deus desencadeada sobre este mesmo povo, por causa da rebeldia coletiva que permeava a mente coletiva do povo, levando-o a desprezar aquilo que Deus já estava lhes proporcionando.
- 5. 5º Nível – Disciplina pelo abandono nas mãos de Satanás
Quando toda tentativa de Deus em levar o homem ao processo de reconciliação consigo é desprezada pelo homem, que despreza todos os avisos e ações de Deus em sua vida, ou seja, nega a pregação da Palavra de Deus, não discerne as circunstâncias que ocorrem em sua vida, as enfermidades espirituais não lhe sensibiliza mais, e os desejos pessoais não mais possuem consonância com a vontade de Deus para sua vida. Quando tudo isto não opera eficazmente na mente humana a fim de sensibiliza-lo a uma atitude de busca da reconciliação com Deus.
Nesta circunstância Deus permite a Satanás agir na vida do homem rebelde, destruindo, arrasando, e matando.
A Palavra de Deus mostra claramente que tal homem deve ser entregue a Satanás.
“E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem.” (1Tm 1:20 RA).
Este processo de expurgação do infiel da comunhão com a igreja e consequentemente com Deus, é o último estágio da disciplina de Deus e também o mais terrível que o homem possa se deparar em sua vida. Aquele que se encontra neste estágio passa a receber terrível influência demoníaca em sua vida e raramente consegue reverter este quadro e retornar ao aprisco da comunhão com Deus. E Satanás como um verdugo sem qualquer noção de misericórdia, desencadeia toda sua ira sobre a vida deste homem, tornando seu estado um quadro espiritual terrível e drástico.
“43 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra.
44 Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada.
45 Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.” (Mt 12:43-45 RA).
Mesmo nesta circunstância de vida, todo o acontecido é apenas um processo de aprendizado e disciplina de Deus para o homem, visando à recuperação do pecador, e em circunstância nenhuma pode ser compreendido como um castigo provindo de Deus para o homem.
Conclusão
O homem quando disciplinado por Deus, é poupado de ser condenado com o mundo rebelde. Assim, a disciplina divina antes de tudo é mais uma das grandes bênçãos de Deus para o homem.
Quando o homem compreende a dimensão dos propósitos divinos quanto à disciplina, este homem procura conduzir sua vida de forma mais pautada nas orientações contidas nas Escrituras Sagradas, e consequentemente mais reta diante do Senhor Jesus.
“Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11:32 RA).
Por tudo apresentado aqui, oremos ao Senhor insistentemente, para que Ele nos discipline em todos os momentos de nossa vida, jamais permitindo que nós nos desviemos de Seus Santos caminhos de vida eterna. Proporcionando-nos o discernimento e sabedoria necessária para que galguemos todos os degraus da santificação pessoal necessário e assim nos afastemos de tudo quanto não vise exclusivamente glorificar o Santo Nome do Senhor.